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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Conexão coração - cérebro


O coração foi definido pela ciência antiga como uma bomba cuja função é a de distribuir sangue a todas as áreas do organismo vivo. Mas para quase todas as culturas antigas no planeta, esse mesmo coração tem um papel mais importante do que simplesmente bombear sangue, ele é a fonte de sabedoria inconsciente para todas as experiências de nossa vida.

Pesquisa recentes do Instituto de HeartMath mostra que um dos mais poderosos fatores que afetam a mudança do ritmo do coração são os nossos sentimentos, emoções e as percepções sobre essas emoções.

Aprendemos na escola que o coração recebe constantemente sinais neurais enviados pelo cérebro. Mas hoje cientistas atestam que o coração envia mais sinais para o cérebro do que o cérebro envia ao coração! 

Além disso, esses sinais cardíacos têm um efeito significativo sobre a função do cérebro, que influenciam no processamento emocional, bem como as faculdades cognitivas superiores, tais como atenção, memória e resolução de problemas

Em outras palavras, não só o coração responde para o cérebro, mas o cérebro responde de forma contínua para o coração. 

Durante o estresse e emoções negativas o padrão do ritmo cardíaco é irregular e desordenado, um padrão correspondente de sinais neurais que viajam do coração para o cérebro inibe funções cognitivas mais elevadas.

Isso ajuda a explicar por que muitas vezes agimos de forma impulsiva e imprudente quando estamos sob stress.

Em contrapartida, se estivermos equilibrados e estáveis em estados emocionais positivos o efeito é contrário, facilitando a função cognitiva, reforçando os sentimentos já positivos e uma estabilidade emocional. 

Isso significa que o aprendizado para gerar a coerência do ritmo cardíaco acelerado, sustentando as emoções positivas, não só beneficia o corpo inteiro, mas também afeta profundamente o modo como percebemos, pensamos, sentimos e executamos nossas ações.

Nosso coração sabe o que diz

Como discernimento espiritual, pensamento e emoção, o nosso coração é muito mais que uma ferramenta metafórica em textos de poetas. A ciência moderna está ampliando a cada dia o papel importante que esse órgão desempenha nas nossas vidas em especial a Neurocardiologia.

A Neurocardiologia descobriu que o coração possui seu próprio e intrínseco sistema nervoso em uma rede de nervos tão sofisticado quanto funcionalmente para ganhar a descrição de um "cérebro e coração." 

Contendo mais de 40.000 neurônios, "essa mente em menor escala” dá ao coração a capacidade de processar informação de forma independente do cérebro, tendo senso, tomando decisões, e até mesmo demonstrando um tipo de aprendizado e memória. 

O coração é um sistema inteligente.

Ele também atua como uma glândula hormonal que fabrica e secreta hormônios e numerosos neurotransmissores que afetam profundamente o funcionamento do cérebro e do corpo. 

Entre esses hormônios destaca-se a ocitocina, velho conhecido do "amor" ou mais popularmente como "hormônio da união."

O coração é um componente chave no
sistema emocional, não só respondendo a imediata emoção (quando ele dispara), determinando a qualidade da nossa experiência emocional de momento a momento. Isso se dá na percepção do impacto e função cognitiva em virtude da rede de comunicação com o cérebro -  se ele dispara por medo ou por alegria.

Estudos eletrofisiológicos realizados no Instituto de HeartMath indicaram que o coração parece desempenhar um papel fundamental na intuição

Teste com várias pessoas mostraram que no toque, na proximidade de corpos há uma transferência da energia eletromagnética produzida pelo coração. Essa transferência de sinal parece depender da distância entre os indivíduos.

O efeito foi evidente quando as pessoas se tocavam ou foram postas a 18 centímetros de distância. Quando os voluntários foram separados por uma distância de 4 metros o processo de sinais era interrompido. Interessante no estudo foi que no uso de luvas de isolamento não houve transferência de energia, assegurando a importância do contato pele a pele. 

O campo eletromagnético do coração diminui em coerência elétrica quando um indivíduo se torna frustrado ou com raiva. Estados emocionais positivos como sincero amor, cuidado e gratidão aumentam o campo eletromagnético sensivelmente.

Foi observado em estudos que pacientes hospitalizados com problemas cardiovasculares que não foram tocados atenciosamente, com um toque “Terapêutico”, apenas mecânico, apresentaram um decréscimo maior na qualidade do pós tratamento.

Já os pacientes que receberam atenção, uma intervenção acentuada dos enfermeiros na ajuda para confortá-lo, tiveram um aumento sensível na recuperação no pós tratamento.

Nossas emoções têm a capacidade
de afetar pessoas de nossa proximidade.

Se o campo eletromagnético gerado pelo nosso coração, na verdade, tem a capacidade de afetar significativamente os que nos rodeiam, as implicações disto seriam claras nas interações terapeuta-paciente. 


Observe que para essa troca de energia, não só a força da intenção de ajudar ao retorno do equilíbrio vibratório (cura) do paciente irá contar, mas que principalmente haja uma relação mútua entre o profissional e doente.

A troca de energia cardíaca descrita aqui pode ser influenciada não só pelo grau de coerência do sinal transmitido (o que, por sua vez, pode depender do estado emocional da fonte e intenção), mas também pelo grau de receptividade do receptor ao sinal. 

O impacto desses estudos constata o que nós já sabíamos intuitivamente, mas não podíamos provar. As alterações no campo cardíaco impactado por diferentes emoções são registradas fisiologicamente. Uma percepção de destaque por aqueles que nos rodeiam, o que vem comprovar ao longo da experiência humana, o quanto nosso coração sofre quando não damos a devida atenção a sua intuição.

O toque facilita o intercâmbio de energia cardíaca entre indivíduos. Isto dá um novo conceito no contato como o primeiro meio fundamental de comunicação e facilitador nas interações humanas.

Quando temos sentimentos de agradecimento, alegria, atenção e amor, nosso padrão de ritmo cardíaco torna-se altamente ordenado, sincronizado, trocando energia harmoniosa, como uma suave onda que envolve todo o sistema orgânico dando maior eficiência na execução do trabalho de homeostase – o nome que cientistas dão a isso = coerência padrão de ritmo cardíaco.


Coerência não é relaxamento

Um ponto importante é que o estado de coerência é tanto psicologicamente quanto fisiologicamente distinto do estado alcançado através de mais técnicas de relaxamento. 

Coerência é associada a um aumento relativo da atividade parassimpática, um aumento da harmonia e sincronia no sistema nervoso e a dinâmica - coração - cérebro

Relaxamento é um estado de baixa energia, no qual o indivíduo descansa o corpo e a mente, normalmente desapegando-se de processos cognitivos e emocionais. Em contraste, a coerência geralmente envolve a participação ativa de emoções positivas.

O Papel da Respiração

Outra distinção importante envolve a compreensão do papel da respiração na geração de coerência porque padrões respiratórios modulam o ritmo cardíaco, é possível gerar um ritmo cardíaco coerente simplesmente por respirar lenta e regularmente a um ritmo de 10 segundos (5 segundos na inspiração e 5 segundos na expiração). 

Respiração ritmada desta forma pode, portanto, ser uma intervenção útil para iniciar uma mudança de estado emocional de estresse e para uma maior coerência. 

Uma série de estudos recentes, em todos os campos do conhecimento humano, nos forçará a rever e alterar a história e ciência. Estar aberto a essas mudanças dará a você um melhor entendimento de como funciona sua mente e conseqüentemente seu organismo.

Perceba como andam seus pensamentos. Aquiete seu coração. Dê a ele mais alegrias apenas vibrando de maneira coerente com o que você diz, faz e pensa.
 
Laura botelho


Seguidores desse pensamento

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