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sexta-feira, 27 de julho de 2012

O parto doloroso do CREMERJ



19 / 07 / 2012
Parto em casa: resoluções publicadas no Diário Oficial

A partir desta quinta-feira, dia 19, fica proibida a participação de médicos em partos domiciliares e na assistência perinatal que não seja realizada em maternidades.

Está proibida também a ação de parteiras ou qualquer pessoa que não seja profissional de saúde no parto em ambientes hospitalares.

As resoluções 265 e 266, publicadas no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro sob as atribuições do CREMERJ, tratam do caso.

As resoluções consideram o artigo 18 do Código de Ética Médica, que veda aos médicos “desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina ou desrespeitá-los” e o artigo 6º da Constituição Federal, que estabelece que a saúde e a proteção à maternidade e à infância são direitos sociais.

O médico que participar de equipes de suporte previamente acordadas a partos domiciliares é passível de processo disciplinar.

As recomendações do Conselho Federal de Medicina e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) atentam para que os partos sejam realizados apenas em maternidades, sem os riscos iminentes em locais inadequados e sem a devida assepsia.

Na resolução 266 impede a participação de pessoas não habilitadas ou de profissões não reconhecidas na área da saúde durante e após a realização do parto, em ambiente hospitalar, com exceção aos acompanhantes legais. Estão incluídas nesta proibição as chamadas doulas, obstetrizes ou parteiras.

Deve-se considerar que a assistência na gravidez é dinâmica e exige vigilância permanente por conta de situações emergenciais que possam surgir durante o trabalho de parto, exigindo, inclusive, procedimentos médicos complexos e imediatos.

As decisões levam em conta que o médico não pode atestar óbito nos casos em que há atuação de profissional não-médico, com exceção das situações de urgência obstétrica.


A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araújo, alerta para a segurança das gestantes e do bebê, o parto tem riscos e complicações inerentes.
Caso algum problema aconteça, é preciso intervenção imediata para salvar mãe e bebê.  O conselheiro Luís Fernando Moraes afirma que essas resoluções são mais uma medida pioneira em defesa do paciente e do ato médico. “Esperamos que seja replicada Brasil a fora”, completa.

O Brasil que ninguém vê
Pesquisa revela que mais de 900 parteiras atuam na região amazonica, que tem a maior ocorrência de partos normais do Brasil (88%).

O índice médio de cesarianas é 12%, bem abaixo da marca de 15% apontada como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (DM5).

O Amapá tem cerca de 600 mil habitantes, um território de 144 mil quilômetros quadrados e uma das mais baixas densidades demográficas do País: 2 habitantes por quilômetro quadrado.

O Estado tem apenas 16 municípios e não dispõe de hospitais suficientes para atender à população. Utilizando técnicas indígenas milenares, as parteiras ajudam no nascimento de bebês por todo o Estado, atravessando as grandes distâncias que dificultam o acesso entre as comunidades espalhadas pela selva amazônica, alagados e cerrados.

E depois cumprem outra importante função social: são elas que fazem o cadastro de nascimentos nos povoados.

O documentário Mensageiras da Luz - Parteiras da Amazônia – do cinesta Evaldo Mocarzel  - enfoca a missão dessas mulheres que são donas-de-casa, pescadoras, agricultoras e extrativistas de castanha, e deixam seus lares para auxiliar as parturientes a dar à luz, sempre permanecendo com elas mais sete dias depois do nascimento.

Recebem como pagamento um pouco de milho ou outro cereal, uma galinha caipira ou até mesmo uma pequena quantia que pode variar de R$ 10 a R$ 40. Mas muitas se recusam a receber qualquer tipo de pagamento, pois acreditam terem sido escolhidas por Deus para a arte de "puxar barriga" e "pegar menino".

Durante muitas décadas, as parteiras foram vítimas de preconceitos e tinham medo de serem presas por exercício ilegal da profissão. Em sua maioria religiosas, muitas eram consideradas bruxas e feiticeiras

O documentário - entrevista mulheres de comunidades indígenas do Oiapoque, no norte do Estado, em povoados caboclos, também na comunidade negra de Curiaú, antigo quilombo na periferia de Macapá, e ainda no arquipélago de Bailiki, na foz do rio Amazonas. O filme focaliza temas como miscigenação, religiosidade, ecologia, técnicas de parto e, principalmente, a sabedoria dessas mulheres, em sua maioria analfabetas, que adquiriram um conhecimento muito especial da vida e da morte, depois de participar do nascimento de centenas de crianças, entre elas, os próprios netos e netas.


As parteiras passam obrigatoriamente sete dias na casa da mulher que acaba de dar à luz. Lavam fraldas, preparam refeições leves, fazem massagens para que a barriga da parturiente volte ao lugar. Cuidados e dedicação da parteira vão até que a mãe se restabeleça para enfrentar novamente os afazeres domésticos.

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O CREMERJ está certo no seu ponto de vista – na defesa dos planos de saúde - uma organização que é sustentada pelas tetas da sociedade doente, carente e desesperada de humanização.

No Brasil, as primeiras empresas de medicina de grupo surgiram na década de 60 para atender, em princípio, aos trabalhadores do ABC paulista. As indústrias multinacionais que ali se instalavam, diante das deficiências da saúde pública, preocuparam-se em buscar outros meios para propiciar atendimento médico de qualidade a seus empregados.

Estimularam médicos a formar empresas de medicina de grupo, com diferentes planos de saúde. O conceito evoluiu e prosperou em todo o país e, em 1997, planos de saúde feitos pelas empresas de medicina de grupo assistiam a cerca de 17 milhões de brasileiros.

Um seguro de saúde ou plano de saúde - constitui um seguro de proteção das pessoas contra o risco de terem que vir a incorrer em despesas médicas. Estimando o risco geral das despesas de saúde de um grupo alvo, a seguradora pode desenvolver uma estrutura financeira que assegure fontes de rendimento (como prémios ou taxas) de modo a disponibilizar o dinheiro necessário para pagar os benefícios médicos especificados na apólice de seguro.

O seguro pode ser administrado pelo governo, por uma entidade particular sem fins lucrativos ou por uma empresa privada.

Em Dezembro de 2010, o Brasil tinha 1061 operadoras de planos de saúde e quase 45 milhões de beneficiários

A receita passou de R$ 28 bilhões para R$ 64 bilhões em 2009 e com projeção para 69 bilhões em 2010

Planos de saúde - um negócio e tanto para quem administra e trabalha para ele.

Mesmo que você pague fielmente as apólices, você ainda concorre a futuros e inúmeros desgastes emocionais pendentes. Sua “doença” nem sempre pode ser remediada imediatamente. Sua “doença” deve aguardar algumas horas, dias, meses e até ano para ser “contornada”.

Digo “contornada” porque você nunca estará são o suficiente para se livrar dos planos de “saúde”. “Eles” sempre irão encontrar algo para que você “conserte”.

No caso dos futuros seres humanos então... esses agora têm hora marcada, data e um “portador de direitos com inscrição no CREMERJ” para com a vida dessas crianças. Somente esses “portadores de direito” é que dizem como e quando alguém vem a esse mundo.

Nada contra a instituição médica consciente. Falo daqueles que fazem de sua “inscrição no CREMERJ” um argumento filosófico de vida.

Sei que existem médicos de verdade, que nasceram com esse dom e trabalharam até seu ultimo dia para salvar e manter a vida de alguém. Conheci muitos assim – eram chamados de “médicos de família”. Cada família tinha o seu que passava de geração a geração.

Esses médicos que honram sua tese de vida não se venderão por um plano de saúde ou por uma lei estúpida como essa ditada por - Empresas minhas VIDAs S/A.

A medicina cartesiana está com os dias contados e esse decreto é um sintoma disso. Um desespero visível diante de alguma ação que está nadando no sentido contrário aos seus interesses.

Não resta duvidas que há um movimento.
Não resta dúvidas que o povo não está mais caindo nessa armadilha “de saúde”. As pessoas estão acordando de um sono profundo. Estavam dopadas, drogadas e hipnotizadas, mas estão ficando despertas.

Esse movimento não é só da sociedade passiva, mas também dos que estão atrás das mesas dos consultórios. Estes estão percebendo que há algo muito errado e que fazer parte desse esquema paga-se um preço muito alto = suas próprias vidas.

São “doutores” obesos, diabéticos, cardíacos, dementes, alérgicos e estafados da vida que levam... e para que? Ganhar umas “galinhas”, “uns trigos” que não vão matar sua fome de reconhecimento.

Doutor, volte a sua função precípua;
volte a essência que o levou a se dedicar a preservação da vida simplesmente. Você sabe que não pode curar ninguém, mas apenas amenizar a dor de quem sofre. Ajude a quem pede sua atenção. Diga não quando não puder fazê-lo, mas seja honesto, não se venda por um esquema corrupto que usa a sua filosofia de vida para salvar a vida filosófica de poucos.

laura botelho

Seguidores desse pensamento

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